sábado, 27 de setembro de 2014

VOO DA MENTE💕❀༺♥¸.•* **

 VOO DA MENTE

Estás só cansada do voo da mente
Ninguém sabe desta alma condenada
Que cala nas conversas de janela profanas
Mas finge sem fingimentos, versos de absintos
Poeta de labirintos de um jardim de sonhos
Nada espera que em ti já não exista
Nas ilusões da ideia das coisas
Cada um consiga o que é triste
Entre as ruínas dos fracos álamos
Tempo velho onde a juventude se perde
Tens sol se há sol, ramos se ramos buscas
Sorte se a sorte é dada, odisseia de pão sem vinho
Fica suspensa de palmilho sem andarilho na madrugada



terça-feira, 16 de setembro de 2014

❀**OCULTA ADVERTÊNCIA♥

OCULTA ADVERTÊNCIA

Oculta advertência sem assistência
Consciência perdida por convivência
Fragas em permanência de uma abstinência
Numa fuga de preferência sem resistência
Sangue que corre nas veias por insuficiência
Vitórias que a vida nos dá por providência
A tua alma que morre em mim por imprudência
Sonho com o teu corpo com bastante impaciência
Derrotas feitas tantas vezes de turbulência
Passos gigantes desconcertantes sem coerência
Um coração leviano apaixonado com confidência
O pecado sem virtude, é um vício de muita resistência.


domingo, 7 de setembro de 2014

🌺CARPIR E RESIGNAR💕


CARPIR E RESIGNAR

São quase duas e meia da manhã, o sono tarda a chegar
Nem o cansaço vence-me, nem a quietude derruba-me
Noites mal dormidas, enquanto espero a madrugada
Raiar do sol com este sono quase perdido
A insaciável sede de escrever não disfarça o meu silêncio
Faltam-me todas as coisas que não vivemos esta noite
O beijo que não te roubei
Quase sinto-te aqui nos meus braços, a ver nascer um novo dia
É claro que o poeta é um fingidor capaz de fingir 
Até a sua própria dor
Talvez eu seja um poeta fingidor, ou talvez não seja
A única certeza é o meu amor por ti
As saudades transformam-se em frases, poemas, versos soltos
Cada letra que escrevo é uma lágrima que escorre pela minha face
Nem sei se são lágrimas minhas ou tuas
Palavras de esperança que perderam-se
Sei que gostas muito de ler-me como eu gosto de escrever-te
Eu sei e tu também sabes que a saudade aperta
Quanto mais nos afastamos das coisas que temos vivido 
E das que ainda não vivemos, das viagens feitas em silêncio 
Que preenchem o nosso pensamento
Lágrimas que choro quando não posso dar às crianças tudo que eu tive em miúda
Das nossas de dificuldades que são tantas
Às vezes penso que Deus só devia dar filhos aos ricos e não aos pobres
Da raiva que sinto ao longo destes anos todos
Estou cansada de inventar soluções
Espero um milagre mas nem a ferros ele vem; é só problemas
O dinheiro nunca chega; as crianças estão a crescer
É é cada vez mais difícil educá-las
Os tempos são outros, não são como eram antigamente
O sorriso das crianças é contagiante e reconforta-nos; vemos a sorte que temos
Não sou valente, jamais serei invencível
Choro, grito de dor muitas vezes ao vento
Na tempestade do tempo; que não desistem de me carpir as mágoas
Já começo a resignar; não gosto muito confesso
Mas enquanto o silêncio meditar nas agruras da minha vida
Continuarão a escorrer-me as lágrimas feitas de palavras soltas
Em cada poema, verso ou frase que escrevo
Nestas noites da minha solidão em que tu estás ao meu lado.
  
Isabel Morais Ribeiro Fonseca